Os astrónomos divulgaram uma nova imagem impressionante obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, mostrando uma parte do N159 – um enorme berçário estelar localizado a 160.000 anos-luz de distância, na constelação de Dorado. A nuvem faz parte da Nebulosa da Tarântula e é uma das maiores regiões de formação estelar da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa Via Láctea.
Escala e Estrutura do N159
Esta nuvem gigantesca se estende por mais de 150 anos-luz, o que é cerca de dez milhões de vezes a distância entre a Terra e o Sol. Dentro do N159, pelo menos quatro regiões distintas de gás hidrogênio ionizado (regiões H II) estão separadas por distâncias que variam de 33 a 65 anos-luz. Essas regiões são onde as estrelas nascem, e a escala demonstra quão prolífico o nascimento de estrelas pode ser em certos ambientes galácticos.
Ventos estelares esculpem a nuvem
As estrelas massivas recém-formadas dentro do N159 liberam poderosos ventos estelares. Esses ventos esculpem estruturas dramáticas – cristas, arcos e filamentos – dentro da nuvem, moldando sua aparência. O processo é uma interação violenta entre o colapso da gravidade do gás nas estrelas e a energia liberada por essas estrelas empurrando-as contra o seu entorno.
Insights sobre a formação estelar
Estudos anteriores sobre a composição do N159 forneceram dados valiosos sobre as condições químicas e físicas necessárias para a formação de estrelas. A imagem do Hubble contribui para esta compreensão ao revelar a interação dinâmica entre luz e gás. O brilho vermelho visível na imagem vem de átomos de hidrogênio excitados, iluminados pelas estrelas quentes e de grande massa que acabaram de entrar em ignição dentro da nuvem.
Por que isto é importante : N159 é um laboratório para compreender os processos de formação estelar em ambientes semelhantes aos que existiam no Universo primitivo, quando as taxas de nascimento de estrelas eram muito mais elevadas. O estudo dessas regiões nos dá uma ideia de como as galáxias evoluíram e como surgiram as primeiras estrelas.
A nova imagem do Hubble fornece uma visão clara da formação estelar em ação, confirmando que estas nuvens são belas e cruciais para a compreensão da evolução galáctica.
